01/09/2014 11h30 - Atualizado em 01/09/2014 10h39
O Código Florestal, aprovado em maio de 2012, considera que, na regra geral, os produtores rurais devem preservar de 30 a 500 metros de Vegetação Nativa nas margens dos Rios (dependendo da largura do rio) e 50 metros em volta das nascentes. “É importante ressaltar que temos, dentro de cada bioma, condições diferenciadas de solo, declive, formas de uso e tipos de cobertura vegetal original”, afirmou Renato Antônio Dedecek, líder de um dos projetos de pesquisa do Projeto Biomas: “Pesquisa em parcelas de erosão em APP – Área de Preservação Permanente”.
Nesta semana, uma equipe de pesquisadores está no Cerrado, colhendo informações sobre a perda de sedimentos e água em parcelas de erosão em ambientes de nascentes. O mesmo experimento foi executado na Mata Atlântica no início de agosto.
“A idéia de preservar a mata ciliar é impedir que os sedimentos de solo cheguem nos rios e nascentes. Percebemos que há grande risco de assoreamento dependendo do declive e do solo”, conta Viviane Helena Palma, engenheira florestal e uma das pesquisadoras do Projeto Biomas.
O Experimento
Estão sendo avaliados 4 experimentos para a pesquisa sobre “Parcelas de erosão em APP”, sendo dois deles em área com vegetação nativa e outros dois em fazendas, ou seja, com intervenção humana.
Nesta semana, no Cerrado, dois experimentos foram feitos na área de referência do Projeto Biomas, que é uma reserva ambiental nativa pertencente ao Exército Brasileiro chamada Campo de Instrução de Formosa, próxima ao município de Formosa/GO.
A avaliação da mesma pesquisa foi feita na área experimental, na Fazenda Entre Rios, no entorno de Brasília/DF.
O que diferencia os experimentos são os níveis de declividade do solo, tipo de solo e forma de uso.
Os experimentos no Cerrado serão concluídos no domingo, 31 de agosto. “O objetivo é determinar e caracterizar o carreamento dos sedimentos ao redor dos rios ou nascentes. Também avaliamos a quantidade de água perdida por escorrimento superficial”, explica Gustavo Curcio, Coordenador Nacional do Projeto Biomas pela Embrapa.
Para analisar os sedimentos, o pesquisador Renato Dedecek colhe 500 ml de água decorrente do experimento a cada 2 minutos, durante uma hora. Os sedimentos são separados em potes e levados ao laboratório, para posteriores análises laboratoriais.
O Experimento na Mata Atlântica
Os mesmos experimentos foram implantados na Mata Atlântica, no início de agosto. A equipe do Projeto Biomas analisou as mesmas condições de solo na área experimental em condições iguais de simulação de chuva, ou seja, 120 milímetros por hora.
Próximos passos
O mesmo experimento será realizado no bioma Pampa, no início de 2015. “Esperamos, com essa pesquisa, subsidiar uma discussão técnica e demonstrar alguns fatores que podem ser considerados para o desenvolvimento da legislação ambiental, no que tange às métricas de proteção de rios e nascentes”, diz Gustavo Curcio.
SOBRE O PROJETO BIOMAS
O projeto Biomas, fruto de uma parceria entre a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), é uma iniciativa inédita no Brasil e tem como objetivo identificar formas sustentáveis para viabilizar a propriedade rural brasileira considerando o componente arbóreo em seus sistemas propostos. Os estudos estão sendo desenvolvidos nos seis biomas brasileiros. O Projeto Biomas tem o apoio do SEBRAE, Monsanto, John Deere e Vale Fertilizantes.
Fonte: CNA
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