17/06/2014 17h06 - Atualizado em 17/06/2014 17h06
Por Eugênio Stefanelo
O governo liberou nesta terça-feira (17/06) o montante de R$ 20,1 milhões, para as aquisições de feijão no Paraná, que serão efetuadas neste mês de junho. Estes recursos serão imediatamente distribuídos a todas as entidades que encaminharam pleitos a Superintendência da CONAB. Vale lembrar que será adquirido o produto desta safra, enquadrado nos tipos 1 e 2 e depositado nas unidades armazenadoras credenciadas, basicamente as da própria CONAB e da CODAPAR, além dos armazéns das cooperativas.
Esta é a segunda vez que o governo libera recursos para a compra de feijão neste ano. No final de maio foram liberados R$ 2 milhões para a compra do feijão cor, visando garantir aos produtores o recebimento do preço mínimo. A superintendência Regional da CONAB distribuiu estes recursos para cinco cooperativas que já dispunham do produto limpo, seco e depositado em armazém credenciado, no montante de R$ 500 mil para cada cooperativa, inclusive as da agricultura familiar.
Números do setor
Segundo a CONAB, na primeira safra, a área de 240,9 mil hectares e a produção de 410,3 mil toneladas são 14,6% e 36,5% maiores do que os números verificados na safra 2012/13, frustrada por adversidades climáticas. Os elevados preços recebidos pelos produtores na comercialização da safra 2012/13 motivaram a ampliação da área cultivada.
A colheita foi encerrada há três meses e 94% já foram vendidos pelos produtores. Os preços recebidos retrocederam em janeiro e se recuperaram em fevereiro e março, quando a média foi de R$ 110,86 a saca do cor e R$ 141,19 a saca do preto. Em abril estas médias ficaram em R$ 108,50 e R$ 137,46 a saca e em maio recuaram para R$ 77,84 e R$ 109,85 a saca, respectivamente.
Os números referentes a segunda safra apontam a área de 259,1 mil hectares, 1,8% menor do que a safra 2013, e a previsão de produção de 455,0 mil toneladas será 29% maior do que a colhida no ano anterior, frustrada por adversidades climáticas, mas menor do que a inicialmente prevista. O plantio foi concluído em março e em 80% da área já ocorreu a colheita. Apenas 35% da produção foi comercializadas pelos produtores e os preços continuaram o movimento de queda, atingindo hoje as médias de R$ 62,00 a saca do cores e R$ 97,00 a saca do preto.
Por esta razão as entidades do Estado como a FAEP, FETAEP, OCEPAR, SEAB e a própria Superintendência da CONAB pleitearam a imediata liberação de recursos para a compra de maior volume de feijão no Estado, possibilitando o estancamento da queda dos preços recebidos pelos produtores.
Na terceira safra, denominada de inverno, a previsão de área e produção é de 5,9 mil hectares e 6 mil toneladas. A área é equivalente a de 2013 e a estimativa de produção é 20% maior. A colheita também já iniciou e se estenderá até o mês de julho.
A maior produção brasileira e paranaense de feijão e as importações do produto são as variáveis responsáveis pela redução dos preços recebidos pelos produtores.
Em 17 junho de 2014.